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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

23
Jan22

Diagnóstico e soluções


Pedro Azevedo

Uma época não se define apenas por um ou outro pormenor, há um conjunto vasto de situações que pode levar ao sucesso ou ao fracasso. Por exemplo, desta época para a anterior resulta que houve um acréscimo de jogos. Bem sei, o plantel foi estrategicamente definido como curto para que os jovens pudessem aparecer (embora me pareça que não há qualidade semelhante à de Matheus, Inácio ou Nuno Mendes pronta para entrar, o que acaba por enfraquecer as opções da equipa principal), todavia foi precisamente num momento de densidade competitiva menor - a Champions só retornará em Fevereiro - que o Sporting começou a baquear. Será isso atribuível ao cansaço? Ou, tal não poderá estar relacionado com uma menor concentração da parte de alguns jogadores? A parecer justificar esta tese, os erros individuais de Esgaio e Inácio estiveram na origem das duas derrotas registadas já neste ano civil. Quem diz falta de concentração pode dizer nervosismo - é que o muito tempo passado em co-liderança com o Porto, sem nunca conseguirmos ficar isolados, também pode ter provocado alguma erosão psicológica. Outra questão que saltará à vista é a do ponta de lança. O Paulinho é, sem dúvida, um jogador que trabalha muito e ajuda a ligar o jogo da equipa, mas marca poucos golos. E a verdade é que, em jeito de balanço após 19 jornadas, o Sporting leva menos 4 golos marcados do que na época anterior. Ainda assim, dada a segurança defensiva, a equipa foi-se aguentando na frente, mas 7 golos consentidos nos últimos 4 jogos do campeonato acabaram por produzir os efeitos nefastos que estamos a observar. Como alternativas, Pedro Marques foi emprestado e não joga no Famalicão (que contratou um jogador cotado na Ligue 1, o Banza) e TT não parece contar para Amorim como ponta de lança, pelo menos a observar por não ter saído do banco nas duas derrotas observadas neste mês de Janeiro. Em vez disso, o treinador preferiu sempre deslocar o defesa Coates para o centro do ataque, partindo propositadamente os jogos em busca do golo milagreiro. Só que a estrelinha parece arredia nesta época e, havendo relação directa ou não, no final dois empates transformaram-se em duas derrotas. Depois, há também a situação de Porro, um jogador com uma garra incrível e que catapulta a equipa para a frente. Acontece que o espanhol tem estado de fora com uma prolongada lesão muscular, e a equipa sente muito a sua falta. É que uma coisa é o Esgaio tapar um ocasional buraco, outra é pedir-se-lhe que substitua com a mesma eficácia o Porro durante tantos jogos. Acresce que Coates está nitidamente limitado do ponto de vista físico, a contas com recorrentes problemas num joelho, e longe da melhor forma já exuberantemente mostrada em vários momentos nesta época. E Palhinha não regressou tão bem como no momento anterior à sua lesão, questionando-se a eventual titularidade que poderia ser atribuída ao competente Manuel Ugarte. Enfim, mais do que ninguém, Ruben Amorim estará consciente de tudo o que aqui elenquei. E, obviamente, continuará a merecer todo o crédito dos Sportinguistas (isso não se põe em causa), que muito lhe devem. Mas tenho a sensação de que o título nacional será muito difícil de obter esta temporada. É que não só há problemas de difícil resolução como as decisões dos árbitros (deixei para o fim porque me quis concentrar nos motivos internos) desfavorecem-nos relativamente aos nossos principais adversários. Deveremos por isso ser mais competentes em tudo o que dependa de nós. E, por isso e para isso, necessitamos de diagnosticar muito bem as razões que nos trouxeram aqui, o que procurei também eu fazer, ponto essencial de partida para que possamos ter soluções que devolvam as vitórias ao nosso grande clube.  

2 comentários

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    Pedro Azevedo 24.01.2022

    Tinha esperanças fundadas no Vinagre dado o que lhe vi fazer nos Wolves e em Famalicão. Já sabia que não era um prodígio defensivamente e até o escrevi aqui. Mas preocupava-me mais a sua prestação na Europa, visto que em Portugal Os Grandes atacam 70% do tempo. Todavia, o jogador parece não contar mesmo para Amorim e este lá saberá porquê. Afinal, é quem o treina e terá razões fundamentadas. Isto só vem provar a importância da componente mental no futebol, tantas vezes menosprezada em função da táctica, técnica e física. Amorim, que comunica bem, poderá ter aqui um papel importante, mas um bom psicólogo poderá fazer um acompanhamento profissional ao jogador - marcado que parece ter ficado pela recepção ao Ajax - e ajudar a que restaure a sua confiança. (Não sei porque é que o psicólogo é visto com desconfiança pela malta da bola.)

    Saudações Leoninas
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