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Castigo Máximo

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Castigo Máximo

09
Ago19

O amor é... por José da Xã(*)


Pedro Azevedo

Há um Sporting que reside dentro de cada um. O último bastião do sportinguismo são as nossas memórias individuais. Elas são intemporais (ao ganharem vida deixam de estar datadas), incorruptíveis, inalienáveis. É a elas que recorro frequentemente perante conjunturas adversas, nomeadamente ao tempo em que era menino e como menino que era não tinha filtros nem preconceitos e absorvia como uma esponja tudo o que dissesse respeito ao Sporting que para mim era relevante: aquele que entrava em campo aos Domingos, não o dos gabinetes. Foi a pensar nessas memórias (e não na conjuntura) que pedi a autores consagrados da blogosfera que escrevessem sobre o seu Sporting. 

 

Hoje convido o José da Xã. Conheci o José no meu primeiro jantar do blogue “És a nossa FÉ” e logo me impressionou pela sua autenticidade, camaradagem e profunda devoção ao Sporting. Para além disso, o José é um homem bom, genuíno, de princípios,  intuitivo, sábio até, que cultiva a amizade e tem um coração enorme. Os seus Posts são o produto disso mesmo, cheios de puros sentimentos leoninos que nos contagiam, reconciliam com o nosso amor ao clube e, bem absorvidos, nos fazem querer ser melhores Homens. Assim como ele é. Aqui fica o texto que o José nos deixou por amor ao Sporting:

 

"Nasci no seio de uma família de sportinguistas, a começar pelo meu pai, que foi sócio durante algum tempo e pelo meu tio, irmão da minha mãe, que ainda hoje é sócio (creio mesmo que fará parte dos “Cinquentenários”), mas que devido à provecta idade deixou de ir a Alvalade.

Entretanto há umas breves semanas veio-me à memória uma recordação da minha infância que reza assim: certo dia estava eu na aldeia, provavelmente de férias, quando um primo, que se preparava para partir para África ao abrigo do SMO, chamou-me para me mostrar as suas recordações!

Era uma daquelas malas de viagem tão em voga nos anos 60, meia de papelão grosso, meia de madeira, com quadrados de estampagem. Ao abrir a tampa vi que naquele pequeníssimo mundo estava uma história fantástica. O meu primo guardara muitos recortes de jornais que falavam do Sporting, cromos de atletas leoninos muito usados e outras referências sportinguistas.

Foi aquele ínfimo espaço que me fez despertar para uma outra realidade, para algo que hoje reconheço ser mais profundo. Foi nesse momento histórico da minha vida que me tornei verdadeiramente sportinguista.

Após esta minha breve viagem a um passado longínquo mas saudoso, regresso à crua actualidade para afirmar sem rodeios que o Sporting é hoje uma profundíssima paixão.

Recordo agora um outro exemplo de fervor clubístico. Certa tarde após um dia de trabalho e à volta de uma mesa numa tasca na Rua do Cruxifixo e por detrás de umas imperiais alguém perguntou a um sportinguista:

- Entre a tua mulher e o Sporting quem escolherias primeiro?

Resposta rápida:

- O Sporting…

- Porquê?

- Porque conheci primeiro…

Não chegando a este exagero diria que o meu amor pelo Sporting é… totalmente incondicional! E irrevogável!

De outra forma há muito que teria deixado de ser sócio, que não compraria o meu lugar em Alvalade ou que não entraria no Pavilhão João Rocha.

Mas este amor não tem explicação lógica. De todo.

Não se percebe, não se entende, não se controla… só se sente. São as unhas roídas nos minutos finais de um jogo, o frio glaciar naquela grande penalidade, a alma repleta de alegria na vitória, o murro no estômago na derrota.

Nisto a razão não manda, não se impõe.

É o coração leonino que se sobrepõe, é o orgulho, a honra, a alegria de se ser do Sporting Clube de Portugal.

Sentimentos únicos que repito ninguém saberá explicar. Nem eu próprio.

É assim o meu amor ao Sporting!" 

 

(*) José da Xã, autor de "LadosAB", co-autor de "És a nossa FÉ"

 

P.S. "O amor é..." voltará na segunda-feira.

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