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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

27
Set19

Silas


Pedro Azevedo

Silas foi hoje apresentado como novo treinador do Sporting. Conheci o Jorge estava eu no fim da minha adolescência. Um dia o meu pai anunciou a mim e ao meu irmão que iríamos levar no Domingo seguinte à bola um rapazinho filho de um senhor a quem o meu pai confiava o arranjo de alguns relógios antigos. Esse senhor, que mais tarde vim a perceber ser o padastro do Silas, creio que tinha trabalho nesse fim de semana e não se poderia deslocar a Alvalade pelo que o meu pai terá tomado a si a tarefa. Recordo-me como se fosse hoje do Jorge todo vestido à Sporting, com meias, calções e camisola do equipamento tradicional do Sporting como até aí sempre o conheceramos, que aquela descaracterização produto da submissão ao marketing só surgiria mais tarde e naquele tempo só muito pontualmente se vestia a Stromp ou o alternativo branco. Posso, por isso, afiançar a todos os Leitores de "Castigo Máximo" que o Jorge Silas era Sportinguista genuíno desde pequenino. 

 

Nunca mais vi ou falei com o Silas. O pequeno Jorge cresceu e um dia, num almoço de família, o meu pai, que continuara a manter o contacto com aquele senhor relojoeiro, alertou-me a mim e ao meu irmão que aquele rapazinho que um dia tínhamos levado a Alvalade estava a jogar no Atlético. A partir daí, segui a sua carreira com interesse, torci por ele, nomeadamente aquando das suas passagens como jogador por Leiria e Belenenses, clubes onde as suas qualidades técnicas terão sido mais sublimadas.

 

Quando assumiu as funções de treinador gostei de o vêr a pensar "à grande", apesar da menor qualidade técnica dos jogadores que tinha a seu cargo provavelmente aconselharem uma maior contenção. Mas a vida é dos audazes e o Silas escolheu viver assim e só por isso já mereceria o meu respeito. É que são as escolhas que fazemos que definem quem nós somos e o Jorge escolheu viver e morrer pelas suas próprias convicções independentemente do contexto, o que só lhe fica bem. 

 

Todos sabem que eu preferiria um outro modelo, em que houvesse um Director Técnico que se sobrepusesse à actual à actual Estrutura e onde um treinador jovem com ideias de um futebol positivo como o Silas até poderia encaixar com outro respaldo. Adicionalmente, a minha desilusão com quem comanda o Sporting é muito grande e já não consigo conter a falta de crença na "Estrutura", que temo não seja o melhor entorno para um ainda inexperiente, pese embora ambicioso, técnico. Dito isto, que não fiquem dúvidas de que quererei sempre o melhor para o "meu" Sporting. E também quererei sempre o melhor - nunca o sobrepondo ao Sporting, sempre o "bem maior" para mim - para aquele rapazinho, hoje homem crescido, que um dia levei à bola. Que sejas feliz, Jorge Silas! Os Sportinguistas ficar-te-iam eternamente gratos. 

 

P.S.1 Elucidativo: durante a apresentação oficial, Jorge Silas destacou (e bem) o orgulho que sentia em treinar o Sporting, elevando assim o Sporting. Já Frederico Varandas preferiu elogiar a... coragem do jovem técnico, na linha do discurso de que ninguém quer treinar o Sporting...

P.S.2 Com Silas, será de esperar um Sporting a jogar em 3-4-1-2, com 3 centrais, dois alas a fazerem todo o corredor, dois médios defensivos e um triângulo à frente, com Bruno Fernandes como vértice mais recuado e dois avançados. 

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