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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

18
Mai21

39º título europeu


Pedro Azevedo

O hóquei, tal como o amor, é fogo que arde sem se ver. Nesse contentamento descontente, de quem apenas imagina a bola, ganhei fascínio pelo bailado inerente ao jogo. Ainda no Pavilhão dos Desportos, admirei a patinagem artística e a condução de bola de António Livramento e fiquei muitas vezes maravilhado com a habilidade e as fintas do Chana, tendo esses sido para mim os maiores expoentes da modalidade. Para quem não valorize a estética, o hóquei não ganhará muito na transposição da rádio para a televisão, podendo até dizer-se que a emoção será maior pela rádio. A propósito, ainda me recordo de um célebre jogo contra o Voltregá, correspondente à meia-final da primeira Taça dos Campeões que vencemos, e do sentimento com que ouvi cada pincelada de génio com que Livramento e Chana iam pontuando uma exibição que constituiu um render da guarda para os até aí campeões Nogué, Ferrer e companhia. Muitos anos se passaram até podermos voltar a ver o Sporting campeão europeu. E este ano conseguimos o bi-campeonato, o nosso terceiro título na Champions do hóquei. O adversário, tal como no título anterior, voltou a ser o FC Porto, num jogo renhido e apenas decidido no prolongamento. Um Ângelo Girão (de novo) em grande nível e um Romero inspirado fizeram a pequena diferença final no marcador, suficiente para o Sporting possuir agora mais títulos de campeão europeu que Benfica e Porto. Parabéns ao Paulo Freitas e aos jogadores, ao Gilberto Borges, Miguel Afonso e, naturalmente, a Frederico Varandas. Com este triunfo, o Sporting obteve o seu 39º título europeu, o 30º se considerarmos apenas a principal competição de cada modalidade. 

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10
Jun20

Chana


Pedro Azevedo

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Antes ainda do futebol, o Sporting chegou aos meus ouvidos através do hóquei, por via dos relatos que passavam na rádio. Naquele tempo destacava-se um jovem nascido e criado na Linha (de Cascais), cuja formação incluía os Salesianos do Estoril. Foi aí, por influência do Padre Miguel, que Vítor Manuel dos Santos Carvalho, dito Chana, nasceu para o hóquei na Juventude Salesiana. 

Chegado ao Sporting em 71, vi-o jogar pela primeira vez no antigo Pavilhão dos Desportos, hoje "Carlos Lopes", onde o Sporting realizava os seus jogos antes da construção do seu próprio pavilhão, que se viria a situar ao lado do campo pelado. 


O Chana impressionou-me logo, não só pela quantidade de golos que marcava mas também pela elevada execução técnica empregue em cada lance. Em especial, o poder de finta e a codícia com que colocava a bola por cima do ombro dos guarda-redes, o seu ponto de maior vulnerabilidade, muitas vezes de ângulo dir-se-ia impossível, quando não por trás da baliza. 

No início era ele e o Rendeiro, embora o Salema também fosse um jogador a ter em conta. Depois, chegou o Ramalhete e a equipa ganhou outra segurança. Entretanto, o Chana lá ia brilhando, no Sporting como na seleção nacional, sempre como o melhor marcador. Eis então que João Rocha consegue adicionar a essa equipa as "pedradas" de Sobrinho, outro produto da escola salesiana, e Antonio Livramento.

 

Juntar a qualidade ímpar de patinagem e a técnica do "4" com a habilidade especial e a capacidade de remate do "8" hoje aqui evocado fez as delícias dos apaniguados Sportinguistas. O Sporting ao reuni-los conseguiu impor-se a todos os poderosos adversários que se lhe depararam no caminho. Um a um, todos foram caindo, desde o Benfica de Casimiro, Garrancho, Fernando Pereira, José Carlos, Jorge Vicente, Virgilio, Picas e Piruças, passando pelo Porto de Cristiano e Chalupa, o Infante de Sagres dos irmãos Gomes da Costa, ou o Oeiras dos irmãos Rosado, do Salema (ex-Sporting) e do Carvalho que corria e não deslizava sobre os patins e ainda viria a ser nosso.

 

O mesmo aconteceria na Taça dos Campeões, com o Sporting a trazer pela primeira vez na história do hóquei português a taça para o nosso país. Em noites memoráveis, com o Pavilhão de Alvalade a abarrotar, o Sporting começou por dar a volta ao campeão Voltregá (8-3;2-5), de Nogué e Ferrer, para depois desembaraçar-se com facilidade do Villanueva, de Carlos Trullols - o melhor guarda-redes da sua época, que depois do jogo de Alvalade afirmaria ter realizado a melhor exibição da sua carreira - , por 6-0 e 6-3. 

Já no final da sua carreira, recordo ainda dois grandes momentos de Chana. O primeiro, pela seleção nacional, em 82, no Mundial disputado em Barcelos, onde foi preponderante na vitória de Portugal sobre a Espanha, realizando uma exibição memorável com golos de sonho. Outro grande momento já havia vivido na final da Taça das Taças realizada no ano anterior. Após uma derrota em Oviedo, por 4-1, na primeira mão da final, o Sporting precisava de vencer por mais de 3 golos de diferença na segunda mão para arrecadar o troféu. Acresce que as coisas cedo se complicaram ainda mais, quando o Cibelles se colocou em vantagem por 2-1, totalizando uma diferença de 6-2 no cômputo das duas mãos. Eis então que Chana entrou em acção e com 2 golos de rajada voltou a pôr o Sporting na frente no jogo. Ainda assim faltavam 2 golos para empatar a final quando se iniciou o segundo tempo. Chana ainda voltaria a marcar (terceiro golo consecutivo) e com outro golo os leões conseguiram chegar ao final do tempo regulamentar empatados na final (1-4; 5-2). Foi então preciso recorrer-se a um prolongamento. No pavilhão, o calor era imenso e tal já se fazia sentir não só nos espectadores como também em todos os jogadores. Assim, a primeira parte serviu para recarregar baterias. A hipótese dos penaltis começou a parecer cada vez mais real, mas Chana, sempre ele, tinha outras ideias para a segunda parte: primeiro, com um golo soberbo, colocou o Sporting na frente pela primeira vez; depois, serviu primorosamente o regressado Salema para o 7-2 final (8-6 no total). No banco, Livramento, recém-empossado treinador do clube, exultava de alegria. 

Cinco vezes campeão nacional, em duas ocasiões conquistaria também a Taca de Portugal. A nível internacional acumulou Taça dos Campeões e Taça das Taças. Pela seleção nacional jogou 117 vezes e marcou 226 golos, sagrando-se por duas vezes Campeão do Mundo e por três vezes Campeão da Europa. 

Para mim, que vi jogar os dois, é muito difícil dizer quem foi melhor, se Livramento ou Chana. Na verdade, ambos foram extraordinários. No entanto, o meu coração pende para Chana, que venceu mais coisas pelo Sporting e, talvez por nunca ter jogado no nosso rival, sempre me pareceu um pouco injustiçado e sem o reconhecimento devido da imprensa, distinção essa que seria colocarem-no no mesmo patamar de Antonio Livramento. 

12
Mai19

42 anos depois... Sporting Campeão Europeu


Pedro Azevedo

Ao bater o FC Porto por 5-2, em partida disputada num Pavilhão João Rocha ao rubro, o Sporting sagrou-se vencedor da Liga Europeia de hóquei em patins. Uma enorme exibição defensiva de toda a equipa, com destaque natural para André Girão (excepcional), Henrique Magalhães e Gonzalo Romero. O argentino também marcou, em brilhante lance individual de costa a costa. No ataque, Ferran Font marcou dois belos golos. Os outros tentos leoninos foram apontados por Vitor Hugo (desvio oportuno na área) e Toni Pérez (brilhante execução, de costas, por entre as pernas). SPOOOOOORTING!!!

 

Os 12 campeões (inclui os 2 que hoje não se equiparam): André Girão, Zé Diogo, Henrique Magalhães, Martin Platero, Gonzalo Romero, Ferran Font, Toni Pérez, Vitor Hugo, Pedro Gil, Raul Marin e Caio e João Pinto.

 

Neste dia de alegria, evoco aqui os heróis de 1977: Ramalhete, Carmelino, Júlio Rendeiro, João Sobrinho, Garrido, Jorge, Carlos Alberto, Chana e António Livramento.

 

Uns e outros com direito a imortalidade na história de ouro do Sporting Clube de Portugal. 

 

 

 

Foto: A Bola    

12
Mai19

Final da Liga Europeia


Pedro Azevedo

Faltam poucas horas para mais uma final europeia do Sporting, um confronto que se prevê emotivo até ao fim. Nos momentos decisivos, a categoria individual dos jogadores geralmente faz a diferença. Nesse capítulo, o FC Porto levará vantagem: Hélder Nunes e Gonçalo Alves aliam virtuosismo técnico com consistência e nunca se escondem nestes momentos. É certo que o Sporting também tem os seus trunfos: Pedro Gil e Ferran Font são homens capazes de tirar um coelho da cartola. Ligeiramente menos consistentes que os seus rivais, vamos precisar deles ao seu mais alto nível. Por outro lado, costuma dizer-se que uma boa defesa ganha os encontros. Aqui, o Sporting estará na dianteira: André Girão, Platero, Magalhães ou Romero são homens confiáveis quando se trata de defender o forte. Com tanto equilíbrio de forças, o Pavilhão João Rocha poderá ser o factor decisivo. A cumplicidade entre bancadas e jogadores tem levado a equipa do Sporting a virar alguns resultados. Logo, ao fim da tarde, espera-se um vulcão de apoio aos nossos. Força Sporting! 

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11
Mai19

Sporting na final da Liga Europa (hóquei)


Pedro Azevedo

O Sporting está na final da Liga Europa de hóquei em patins, ao bater hoje o Benfica por 5-4, num jogo em que dominou desde o início, mas que acabou por complicar ao permitir aos "encarnados" recuperarem de uma desvantagem de 1-4 para a igualdade em pouco mais de 3 minutos. Gonzalo Romero acabou por ser providencial, marcando o golo da vitória quando já faltavam menos de dois minutos para o final da partida. Os restantes golos foram apontados por Platero (2), Gil e Magalhães. Amanhã, na decisão, os leões defrontarão o FC Porto, que na outra meia-final venceu o Barcelona nas grandes penalidades. 

07
Abr19

Final Four da Liga Europeia


Pedro Azevedo

Ao bater os italianos do Amatori Wasken Lodi por 8-2, em partida realizada ontem no Pavilhão João Rocha, o Sporting confirmou assim o triunfo na primeira mão (5-3) e qualificou-se confortavelmente para a Final Four da Liga Europeia, onde irá defrontar nas semi-finais o Benfica. A outra meia-final oporá os portugueses do FC Porto aos espanhóis do Barcelona. Ferran Font (2), Henrique Magalhães (2), Toni Pérez, Pedro Gil, Raul Marin e Gonzalo Romero marcaram os golos leoninos. 

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