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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

29
Out24

Amorim deve continuar


Pedro Azevedo

A ida de Ruben Amorim para o Manchester United, a concretizar-se neste momento, será um "loose-loose" para ele e Sporting. Primeiro, porque o Man Utd é presentemente um cemitério de treinadores, um clube sem uma estratégia de longo prazo e cujas vagas de contratações são como espuma de ondas que prometem muito até rebentarem com estrondo e assim morrerem na praia. Nesse sentido, é impossível não ver um nexo de causalidade entre o recrutamento de Cristiano Ronaldo e agora a preferência por Ruben Amorim, como se o objectivo fosse apenas o de antecipação ao rival da cidade, o Manchester City, agora que Viana já está certo em Maine Road e Guardiola não é seguro que continue. Ora, todos sabemos como acabou o folhetim Ronaldo em Old Trafford...

 

Para o Sporting, a saída prematura de Amorim, agora que ultrapassámos apenas o primeiro quarto do campeonato, também não seria nada boa. A equipa está muito mecanizada no sistema de jogo que o treinador aportou a Alvalade e embora tal pudesse ser replicado com João Pereira, por exemplo, o carisma e a facilidade de comunicação demonstrados por Amorim dificilmente seriam clonados, assim como os graus de liberdade para a formação do plantel de acordo com as ideias exclusivas do treinador seriam necessariamente diferentes. Acresce que Ruben assumiu no Marquês perante os Sportinguistas o desafio de ganhar o bicampeonato e posteriormente zelou pela manutenção dos principais activos, pelo que a sua saída prematura soaria como uma traição face a um objectivo/compromisso com que Amorim quis propositadamente marcar a agenda leonina para 2024/25.

 

Não sendo de desprezar, obviamente, a ambição do treinador de treinar na Premier League, algo que ficou bem claro e patente aquando do interesse de Liverpool e West Ham, o timing para ele não será o melhor. Desde logo porque terá de esperar por Janeiro para adequar o plantel do United às suas ideias, depois também porque esse reforço poderá passar pelo desfalque do clube que o catapultou para o estrelato. Por todos os motivos, seria mais lógico e prudente que Amorim fizesse essa opção no verão, saindo de Alvalade pela porta grande e dando tempo ao clube para organizar o seu mercado. Mesmo o atractivo de pegar num clube na mó de baixo, correntemente décimo quarto classificado na Premier, não me parece ser sedutor o suficiente. Porque dificilmente Amorim terá a autonomia, poder de decisão e respaldo da administração que tem em Alvalade e ainda terá de contar com alguma desmotivação dos jogadores do United agora que o objectivo principal da época parece perdido e mesmo a qualificação para a Champions se afigura muito complicada. E isso será um risco muito sério, passado o efeito positivo que uma chicotada psicológica sempre tem nos primeiros tempos. 

Claro que Amorim estará agora a pensar que há comboios que não param duas vezes, mas também deverá reflectir se para a sua carreira será melhor apanhá-lo na gare de origem ou num qualquer apeadeiro. Especialmente num clube com tantas estações em que há sempre alguém com vontade de entrar, o que suscita um arranca-e-para cíclico que não permite que se anda à velocidade de um TGV. 

 

P.S. O ciclo vicioso do United pós-Ferguson não é novo: após a saída de outra figura marcante do clube (Sir Matt Busby), o Man U esteve 26 anos sem ganhar o campeonato inglês. E mesmo Ferguson necessitou de 7 anos para vencer, manutenção no cargo que só foi possível porque tinha créditos acumulados pela conquista da Taça dos Vencedores das Taças no Aberdeen (final contra o sempre poderoso Real Madrid). Ora, o último título de campeão do United data de 2013 e desde aí já por lá passaram 7 treinadores...

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18
Jan22

A Velha Aliança e a dor de cotovelo


Pedro Azevedo

A julgar pela opinião originalmente publicada nos jornais ingleses e reproduzida em Portugal, a culpa do insucesso do Manchester United deve-se aos jogadores portugueses, nomeadamente a Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo. Nessa narrativa, para a qual vêm contribuindo alguns ex-jogadores do Man U e outros comentadores em periódicos e televisão, olvida-se que os Red Devils não vencem a Premier League desde 2012/13, coincidindo esse último triunfo com a derradeira temporada em que Alex Ferguson esteve ao leme da equipa. Sir Alex reformou-se após 27 épocas consecutivas como treinador principal do United e depois disso a máquina foi devorando treinadores: David Moyes, Ryan Giggs, Louis van Gaal, José Mourinho, Ole Gunnar Solskjaer, Michael Carrick, todos acabaram afastados da liderança do clube mais titulado de Inglaterra (20, contra 19 do Liverpool e 13 do Arsenal). A verdade é que a herança de Ferguson tem sido demasiado pesada para cada novo treinador e a sua sucessão continua por realizar, algo relativamente comum a lideranças carismáticas e de grande longevidade noutros clubes e em outros sectores de actividade económica. Acresce que com a aposentadoria de Sir Alex, outras personalidades que não só os treinadores ganharam preponderância nas contratações do clube. A política desportiva perdeu coerência e os treinadores influência. Assim, o número de "flops" cresceu exponencialmente, com a agravante de estes serem cada vez mais dispendiosos. Exemplos? Pogba e Maguire, jogadores que juntos custaram quase 200M€ e têm estado bastante aquém de um rendimento minimamente exigível. Ou de Lindelof, Bally ou Bissaka, que simplesmente não parecem ter qualidade suficiente para o United. Aliás, toda a defesa do Man U merecia ser revista. A equipa defende mal como um todo e é globalmente pouco solidária e trabalhadora no campo, mas os erros individuais que podem ser assacados directamente aos defesas são muitos. Acrescente-se a falta evidente de rotinas, o que torna o jogo do United monocórdico, previsível e absolutamente dependente da inspiração individual de um ou outro jogador. Sendo que Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo até têm decidido vários jogos, razão pela qual as críticas de que têm sido alvo me parecem superficiais e apenas visarem encontrar bodes expiatórios para um problema muitíssimo mais amplo. 

bruno e ronaldo.jpg

11
Set21

Theatre of Dreams (só para alguns)


Pedro Azevedo

Com Ronaldo a bisar e Bruno Fernandes a marcar o golo da tarde, o Manchester United despachou (4-1) o Newcastle no agora ainda mais justificado "Theatre of Dreams" (Old Trafford). 


(À atenção de Fernando Santos e dos apologistas da teoria de que com Ronaldo na Selecção o Bruno Fernandes rende obrigatoriamente menos. Pelos vistos há quem veja nessa parceria um sonho, havendo outros em Portugal que insistem em querer ver um pesadelo, uma discussão que sempre me pareceu despropositada e digna de quem complica ao ver problemas nas soluções.)

 

04
Set21

Manchester by the sea


Pedro Azevedo

Ronaldo retorna a uma casa onde já foi feliz para tomar conta de um Manchester United orfão de Sir Alex Ferguson. Com uma última vitória na Premiership a coincidir com a despedida do lendário treinador escocês, o United procura em Cristiano o ingrediente a mais a nível de exigência ou profissionalismo que o conduza à redenção. A seu favor jogam 3 títulos consecutivos no melhor campeonato do mundo (2007, 2008 e 2009), o último na época anterior a sair para o Real Madrid. Não sei se será possível aos Red Devils chegar ao título no final desta temporada, mas que seria como um conto de fadas, lá isso seria. Ou um roteiro para um tocante filme, com Ronaldo perto do epílogo(?) da sua carreira a deixar mais uma marca incontorrnável na história do Man U. Seria uma bela fita, ou não? Depois, só faltaria que voltasse a equipar de verde-e-branco, o que ainda apareceria antes dos créditos finais. 

ronaldo man u.jpg

13
Jul20

Venham mais cinco!


Pedro Azevedo

Venham mais cinco (milhões). O Manchester United, que recebe o Southampton, tem hoje a oportunidade de se colocar em posição que dê acesso à Champions. Se os Red Devils ganharem, passarão para o 3º lugar da Premier League. Força Bruno!

 

P.S. Bruno Fernandes leva 7 golos e 6 assistências na Premier League. Mais, qual vendaval que se soltou, onda que se alevantou ou átomo a mais que se animou (obrigado José Régio!), o United com ele parece outra equipa. O efeito de contágio é mesmo notório em prima-donnas como Paul Pogba, que está outro, alegre, envolvido no jogo, solidário. Nada contra a promoção que outros (que não jornalistas) façam de Félix ou Pizzi, a quem desejo tudo de bom menos quando jogarem contra o Sporting, mas o nosso antigo jogador é outra coisa. Top, top, top.

bruno united.jpg

13
Mar19

Ronaldo em números (na Champions)


Pedro Azevedo

  1. Melhor marcador da Champions League com 125 golos (Messi tem 106);
  2. Melhor marcador da CL em fases a eliminar com 63 golos (Messi tem 40);
  3. 27 "bis" (record), 8 "hat-tricks" (record igualado) e 1 póquer de golos;
  4. 5 vezes vencedor da competição (só Gento venceu mais);
  5. Entre golos e assistências, deixou a sua marca em 77 golos nos 77 jogos que disputou nas fases a eliminar;
  6. Único jogador da história a marcar em 3 finais;
  7. Record de 11 jogos consecutivos a marcar;
  8. Máximo de golos marcados a um adversário (10 golos à Juventus, curiosamente);
  9. Record de golos de cabeça (22);
  10. Record de golos de livre.

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