Max(i)
Pedro Azevedo
Olá! Numa altura em que, curiosamente, o Perna de Pau continua a fazer furor entre os adeptos leoninos, ficámos ontem à saber que este Verão não haverá mais Super Maxi em Alvalade, acabado que foi de vender para Espanha (Granada). Acontece que, em condições normais de pressão e temperatura, o Luis Maximiano estaria a valer entre 10 a 15 milhões de euros. Mas para isso seria necessário que fosse titular do Sporting. Porém, Rúben Amorim privilegiou a contratação de um jogador mais experiente para a função. E ganhou a aposta, na medida em que Adán contrariou o seu passado de observador privilegiado no banco de suplentes e provou em Alvalade que a sua chegada não foi um pecado original cometido pela Estrutura leonina. Assim, o nosso jovem guarda-redes estaria condenado a ser um activo imobilizado. Não se mostrando ao mundo, o que implicaria a sua desvalorização progressiva. Deste modo, o negócio (4,5M€) pode ser encarado como um stop-loss que veio evitar maiores perdas futuras de valor, tornando-se assim compreensível. Outra coisa é o lamento que fica pelo potencial do jogador não se ter totalmente expressado no preço da sua venda. São opções que devem ser entendidas à luz de uma posição muito específica no campo. É que o guarda-redes é o último recurso de uma equipa, e dele depende directamente muitas vezes o resultado de um jogo de futebol. Amorim, que tem apostado muito em jovens e assim contribuído para o crescimento do valor intrínseco do plantel, assim o deve ter ponderado. Uma decisão difícil, certamente longe de ser consensual, mas ainda assim uma decisão. O que é sempre melhor que uma não-decisão, o limbo que geralmente está associado a uma política desportiva ruinosa assente em cromos repetidos e idas ao alfarrabista. Toda a sorte do mundo para o Max(i), e o meu desejo de que no futuro a vida lhe sorria e o faça ganhar o posto de titular das balizas da selecção nacional. Podendo, um dia, voltar ao Sporting, o que implicaria um prazeroso novo olá.