Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

Castigo Máximo

16
Fev21

Tudo ao molho e fé em Deus

O Phi do Amorim


Pedro Azevedo

Caro Leitor, quando esta semana um amigo me telefonou para saber se eu tinha conhecimento de um "fee" relacionado com o Rúben Amorim confesso que a coisa me soou a falta de assunto. Ainda assim, como agora está na moda a clarificação, procurei com disciplina esclarecer a situação, concluindo tudo não ter passado de uma daquelas situações de "lost in translation", embora sem a Scarlett Johansson  para abrilhantar. É que aquilo a que o meu amigo se referia era afinal ao homófono Phi de Rúben Amorim. Na verdade, eu já andava a cismar com o assunto, mas hoje descobri que as iniciais RA escondem a Razão Áurea que o arquitecto Rúben Amorim trouxe para Alvalade. Vou passar a explicar: Razão Áurea, ou Divina Proporção, é uma constante real algébrica que se pode observar na natureza. Crê-se até que foi primeiro utilizada por Phídeas, um escultor da antiguidade grega de cuja obra apenas resta a 1ª reedificação (pós devastação pelos persas) do famoso Partenon, situado na Acrópole de Atenas, em homenagem de quem a constante (1,618) ganhou o nome de "Phi".  A sua aplicação é recorrente na pintura, arquitectura, música e até nos mercados financeiros. Também é visível no corpo humano, onde por exemplo a distância do ombro à ponta dos dedos da mão é 1,618 vezes superior à medida entre o cotovelo e a ponta dos dedos da mão, bem como a altura de um indíviduo é 1,618 vezes superior à distância entre o seu umbigo e a planta dos seus pés. (Este último não é válido para treinadores d'arrasar, cujo umbigo presume-se estar ao nível, ou mesmo acima, da sua cabeça.) 

 

Por esta altura legitimamente perguntarão os Leitores: mas aonde é que está a ligação com o Sporting? Eu passo a explicar: no início desta época os especialistas davam-nos hipóteses O de discutir o campeonato, o nosso jogo nº 1 foi adiado devido a um surto de Covid que dizimou o plantel e, apesar de tudo isto, já dentro da segunda volta estamos na posição 1. Adicionalmente, por puro desespero, há quem sonhe em penalizar-nos com 2 pontos que acrescerão a outros 3 pontos correspondentes a derrota no jogo com o Benfica (ganhámos no campo, mas isso no futebol português nunca é uma verdade absoluta) por alegada utilização irregular do jogador Palhinha, sendo que esses dois pontos podem ainda ir até 5, segundo os regulamentos. Entretanto, à entrada desta jornada, o Porto estava a 8 pontos de distância e à saída o Benfica está a 13. Em Janeiro reforçámo-nos com o "21" (Paulinho) e vamos jogo a jogo até à última jornada (34). Finalmente, o Sporting leva 55 golos marcados em todas as competições nacionais. Ora, seguindo a ordem dos números, o que é que temos? O, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34 e 55, uma sequência de Fibonacci!!! [Fibonacci criou uma sequência em que cada número é equivalente à soma dos dois números anteriores e simultaneamente 1,618 vezes (o Phi) superior ao número anterior (à medida que vai tendendo para "n").]

 

Se Leonardo Da Vinci usou estas proporções em O Homem Vitruviano, Rúben Amorim é o homem que tornou "virtus" Viana e o arquitecto da Divina Proporção que reconstruiu um futebol leonino onde até as medidas ideais do relvado (110x68m) obedecem ao Phi. Com ele, as vitórias são uma constante. O sofrimento por vezes também, embora com o tempo tenhamos vindo a perceber que o objectivo é testar o bom funcionamento do desfibrilador e no fim ganhamos sempre. Outras vezes, como hoje, é um descanso e ficamos a pensar por que raio sofremos tanto de ansiedade após os empates dos nossos rivais. É que o jogo a jogo que o Rúben recomenda é só válido para os nossos jogos, e a este Paços já havíamos despachado por dois-a-zero na Capital do Móvel e por três-a-zero para a Taça. Lá está, a constante. Como constante é o uso de adágios populares que ilustram a nossa campanha esta época, desde o "não há duas sem três" até ao "candeia que vai à frente alumia duas vezes", este último capaz de arrasar quem pensou abrir caminho com(o) os lampiões e agora tem de ver pirilampos a triplicar no Seixal. (Jesus bem  foi pregando que desta vez é que era, mas os cónegos não pareceram estar de acordo.)

 

Jogo a jogo, passo a Paços, lá vamos ganhando e distanciando-nos dos nossos rivais. Além de isso nos alegrar, também ajuda a clarificar situações. Uma coisa a que aliás o Benfica se tem mostrado muito sensível, querendo por exemplo clarificar o caso Palhinha. Sempre disponível para quaisquer esclarecimentos, o Palhinha ontem deu o pontapé de saída para essa clarificação. E de uma forma que eu diria que só por pura ingratidão o nosso rival não reconhecerá, tal o importante contributo do nosso médio para a manutenção do seu quarto lugar. E assim terminou um jogo tranquilo que não me provocou picos de tensão. A única contrariedade foi mesmo aquele zumbido persistente nos meus ouvidos que ainda perdurava esta manhã, tantas foram as vezes que o árbitro meteu o apito à boca durante o jogo. Um tipo de dano colateral nada negligenciável quando se tem um Narciso a arbitrar um jogo de futebol...

 

Tenor "Tudo ao molho...": João Palhinha

palhinha3.jpg

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Pedro Azevedo 16.02.2021

    É isso mesmo. Ou X^2-X-1=0.

    Também estou a contar com os dedos. Fingers crossed por vezes, que isto convém fazer figas contra os maus olhados que andam por aí fora do Universo Sporting.

    A recordação da segunda volta do Benfica na época passada (29 pontos, depois de uma primeira volta de 48) mais o bom senso e equilíbrio de Ruben Amorim são dois factores que nos poderão ajudar daqui para a frente. Mas é preciso estar sempre alerta. Se correr como todos nós já merecemos, é desta que o encontro no Marquês para trocarmos um grande abraço ao vivo. Para já vamos dando uns virtuais semana após semana, que as contas só se fazem na sua totalidade no fim.

    E aqui fica o grande abraço desta semana!

    SL
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Mais sobre mim

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Mensagens

    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D

    Castigo Máximo

    De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

    Siga-nos no Facebook

    Castigo Máximo

    Comentários recentes

    • Pedro Azevedo

      * o nome

    • Pedro Azevedo

      Obrigado, Hugo.O melhor será mesmo mudar I nine do...

    • Hugo

      O Castigo Máximo é terminal obrigatório após jogo ...

    • Pedro Azevedo

      Olá José, obrigado eu pelo seu feed-back. O Daniel...

    • Jose

      Olá Pedro, obrigado pelas análises com que nos b...