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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

14
Set22

Tudo ao molho e fé em Deus

Citizen Edwards


Pedro Azevedo

O futebol é um jogo que à sua volta mobiliza uma multidão de fiéis em comunhão como se de uma religião pagã se tratasse. Mas depois há os agnósticos, de entre os quais se destacam os cientologistas. Gente como o Jota-Jota, por exemplo, para quem o que Arthur Gomes ontem fez constitui um perigo porque expõe o logro das mezinhas ditas científicas com que o Mestre da Táctica lá vai enganando alguns papalvos. (Não se deve confundir um Melquíades com um Pasteur. Bom, com um pastor, talvez.) Aliás, que ciência poderia explicar que a primeira vez que um jogador em estreia no Sporting e na Champions pegue na bola dê golo? Por isso, é bom não esquecer que antes de tudo o futebol é um jogo, quiçá o mais imprevisível de todos os jogos, aquele onde num dia de inspiração o David pode bater o Golias, o que só encontra paralelo na bíblia, dando razão à evocação religiosa com que abrimos esta crónica. 

 

Blasfémias à parte, no futebol por vezes o pagão chega até a confundir-se com o sagrado. Tal aconteceu na Argentina, para dar um exemplo, quando um bando de maduros decidiu criar a igreja maradoniana para celebrar o seu d10s. Por falar em Maradona, ontem o Edwards teve uma jogada de génio que pareceu saída da cabeça e dos pés de El Pibe. Pena foi ter tido o mesmo destino da de Paulo Futre na final da Champions contra o Bayern, mas lá que merecia golo disso ninguém terá dúvidas. (Mais uma vez, que ciência haverá na bola ter ultrapassado o corpo de Lloris para depois caprichosamente tocar-lhe num cotovelo e sofrer um efeito estranho que a conduziu para fora da baliza? O futebol é um jogo, ponto.)

 

Mesmo sendo um jogo em que por vezes a bola parece ter vida própria, há toda uma preparação estratégica e táctica antes de cada embate. Além da preparação física, tão importante como base do trabalho anual - aplicada com mais ênfase na pré-época - , da mental ou da técnica, esta última treinada desde as camadas jovens, tudo isso contribuindo para o aumento das probabilidades de sucesso num jogo que não é uma ciência e, muito menos, exacto. Estudando e procurando progredir todos os dias, há treinadores que, reunindo todas as competências enunciadas em cima, conseguem esbater a correlação de forças entre os contedores. Um desses treinadores chama-se Rúben Amorim e nós, Sportinguistas, temos a sorte de o ter por cá. E isso acrescenta sempre algo a uma equipa, ainda que no futebol por vezes se escreva direito por linhas tortas e possa aparecer um Arthur que na hora de congelar a bola se atire afoito contra dois adversários e no fim termine a fazer uma maldade a um dos melhores guarda-redes do mundo. 

 

Então, e o Citizen Kane? Bom, em Alvalade quem teve o mundo a seus pés foi o Edwards. E o Paulo, que se agigantou e antecipou e fez de um grande adversário um Hurricanezinho. A tal ponto que já no fim da linha julgo ter ouvido o inglês a balbuciar esta palavra: Rosebud. E lá foi ele de trenó para Inglaterra, à falta de um bom par de patins. (Pensando bem, o que o Arthur fez foi um trinó, ou tri nó.) 

 

P.S. O Porto foi cilindrado em casa por uma equipa de baixa cotação europeia. Pus-me então a pensar: o que seria de nós se tívessemos dado 20M€ por um certo central proveniente do Braga que ontem teve uma actuação desastrosa? Certamente caíria o (David) Carmo e a Trindade (que nos governa). Dá que pensar, não dá? IN AMORIM, WE TRUST!

 

Tenor "Tudo ao molho...": Edwards

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