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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

18
Set22

Tudo ao molho e fé em Deus

De volta à Liga... Europa


Pedro Azevedo

Cada vez que no miolo do meio-campo jogamos em inferioridade numérica de dois contra três é uma aflição e mais se nota a ausência de um jogador (Matheus Nunes) potente e capaz de quebrar linhas em progressão. Acrescente-se uma manta curta e a cheirar a mofo, a má onda do canhão da Nazaré, o pé direito cego de Trincão e a sorte (ou a falta dela, porque é bom não esquecer que o futebol é um jogo) e fica explicado o xeque-mate ontem sofrido no tabuleiro axadrezado.  

 

Com 2 médios incapazes de acenderem a luz no meio-campo (o Buscapoulos grego ficou no banco), um conjunto de jogadores globalmente pouco frescos (não deixa de ser paradigmático da nossa falta de dimensão física que o mesmo Tottenham que na terça-feira foi surpreendido por nós tenha também ontem despachado o Leicester por 6-2), um Esgaio com muita vontade e nenhuma arte, um Trincão que por duas vezes optou por uns rodriguinhos em vez de colocar a bola num isolado Pote - alguém diga ao rapaz o quão previsível se torna quando insiste em só fintar para fora - e pouca fortuna nos vários ressaltos ocorridos em ambas as áreas, o Sporting pôs-se a jeito para perder com o Boavista. Ainda assim, houve sempre Edwards, a nossa grande esperança na vitória. E o inglês não desiludiu, marcando até impensavelmente de cabeça após um cruzamento com letras maiúsculas saído da imaginação de Nuno Santos, um jogador que não gosta de perder nem a feijões e que por isso tanto custou ver poupado ao penoso final de jogo da nossa parte. Mas não chegou. O sortilégio de um pontapé indefensável de Bruno Lourenço e uma precipitação inaceitável de Esgaio sentenciaram o jogo. 

 

A culpa desta derrota é incerta. Há quem a associe tanto ao Petit como ao Big Bang e à instantânea criação de supostas estrelas. Ao Bosão ou ao Gozão do Higgs. E até ao Pinheiro manso ou ao bravo (assim como assim, vamos acabar o campeonato a jogar a pinhões). O que é certo é que à sétima jornada corremos o risco de ficar a 11 pontos da liderança e a 9 pontos da vice-liderança, para lá de estar confimado que o FC Porto leva-nos já meia-dúzia de avanço. Assim sendo, o melhor é pensar já em vender outro Matheus Nunes (suspeito que será uma metade do Edwards, uma versão ainda com mais baixo centro de gravidade). E assim sucessivamente, ano após ano, a fim do Balanço ficar positivo e compensarmos a ausência na Champions, completando-se assim um ciclo "virtuoso" em que vendemos indo à Champions para depois vendermos a dobrar ou a triplicar por não irmos à Champions. Dizem que é o negócio. (O negócio deveria libertar verbas para o futebol, não o futebol libertar verbas para o... negócio.)

 

Tenor "Tudo ao molho...": Edwards

Edwardsbessa.jpg

2 comentários

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    Pedro Azevedo 19.09.2022

    O Mundial de 82 fez muito mal ao futebol porque o belo Brasil não ganhou. A partir daí vingou o pragmatismo inspirado nos italianos. Depois veio a globalização, hoje nem o Brasil joga diferente de qualquer equipa europeia. Eu gostava do tricotado desse Brasil cheio de artistas plásticos capazes de esboçar obras-primas, como Zico, Sócrates, Eder e Falcão ou antes o grande Rivelino. Mas isso era filigrana pura, não confundir com rendas de bilros.

    Hoje em dia vou mais por Klopp do que pelo Guardiola. Não sei, o futebol do Guardiola dá-me sono, faz-me lembrar o bailado e feitiço de uma cobra capelo antes de atacar a sua presa. Estando mais próximo de Klopp, tive muita pena de ver o Matheus sair. A forma como ele “papava” 50 metros num campo de futebol sempre me entusiasmou. Que o diga o pobre do Weigl, que os meus amigos benfiquistas viam como jogador de elite até ao dia em que o Matheus passou sucessivamente por ele como cão em vinha vindimada.

    Quanto à Formação, o propósito deveria ser crescer os custos da Estrutura com o crescimento da própria equipa, permitindo orçamentos razoáveis e equilibrados. Mas está demasiadamente enraizado no seio da massa associativa o conceito do negócio. Aliás, em cada Sportinguista há um expert en finanças, o que é obra. Lamentavelmente porém um estudo da Standard&Poor, datado de 2015, colocou Portugal na posição 131 num ranking de literacia financeira, atrás do Burundi. Conclusão: é uma pena o país não ser inteiramente Sportinguista…
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