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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

16
Jan23

Tudo ao molho e fé em Deus

Uma época em time-sharing


Pedro Azevedo

Se virmos o jogo de hoje por um jogo, um empate na Luz será sempre um resultado positivo. Contudo, se virmos o jogo por um campeonato, não ganhar no estádio do Benfica foi o canto do cisne, o adeus às armas, o fim da ilusão. Tudo, porque hoje jogávamos também pelos 15 jogos anteriores onde devíamos ter jogado mais e não jogámos sequer o suficiente. Por isso, jogávamos contra o tempo perdido no passado e a favor de ganharmos tempo no futuro, a fim de que a época não terminasse já no que ao título diz respeito. Nesse sentido, falhámos, pelo que, como prémio de consolação, restar-nos-á a luta pela Champions, também ela com contas muito complicadas, a 8 pontos do Braga e a 7 do Porto, respectivamente 2º e 3º classificado neste momento. Pela Champions jogaremos também para que a transferência de Matheus Nunes faça o mínimo sentido do ponto de vista financeiro, porque vender um jogador por um preço sensivelmente igual ao que eventualmente se deixará de arrecadar numa prestação decente na próxima edição da Liga Milionária não terá qualquer nexo. Financeiramente, porque desportivamente não restam dúvidas a quase ninguém de que o acto foi altamente lesivo e está a afectar sobremaneira a nossa prestação, e o palco da Luz, onde o luso-brasileiro pintou a manta na época passada, não me deixa mentir. Bem sei, o treinador que há em Varandas já veio dizer que "é uma patetice" correlacionar a saída de Matheus com a nossa prestação nesta temporada, mas, se perguntarem a Amorim, estou convencido de que a coisa para ele terá menos de patética do que de fatal. 

 

Hoje empatámos, mas podíamos até ter ganho. Só que nos voltou a faltar um golpe d´asa de Trincão no ataque e atrás falhámos em quase toda a linha. Coates à parte, bem entendido. Porque Inácio deu a frente a Ramos no primeiro golo e Reis, no segundo, deu a frente, as costas e o lado ao mesmo jogador, em suma, abriu uma autoestrada. Os outros avançados cumpriram, com Edwards a originar a abertura do marcador e Paulinho a cavar inteligentemente um penálti que só o Artur Soares Dias e o Guerra d´A Bola TV não viram. Os médios também estiveram bem, o Pote influente nos golos e o Ugarte a dar tração à frente. Pedro Porro esteve melhor do que Nuno Santos, mas também não foi por aí que não fomos além no resultado. 

 

O presidente que há em Amorim lançou Chermiti para o jogo. E jurou que não virá mais nenhum ponta de lança, caso o Youssef renove o seu contrato com o clube. Entretanto, quem já renovou foi o Rodrigo Ribeiro, que era para ser a primeira opção a Paulinho e continua a exibir-se em bom plano na bancada. E depois há ainda o caso daquele jogador que contratámos em time-sharing, o St Juste, com quem procuramos bater o record mundial de substituições de centrais durante os jogos de uma só época. O holandês, que joga sempre bem no pouco tempo que está em campo, dá-nos habitualmente 30 minutos, o resto do tempo cede o espaço.  E eu vou fazer o mesmo, cedendo este espaço aos Leitores. Boa semana! (Pensando bem, a nossa época toda tem vindo a ser realizada em time-sharing, com a nossa equipa cedendo o seu tempo e espaço aos super-Marítimos desta vida, que logo depois são goleados em Vizela, e o Amorim ocupando pontualmente a presidência da SAD do clube.)

 

"Mais que nada... o Bah, o Bah, o Bah" - Adaptação livre da canção do Sérgio Mendes

 

PS: Livre indirecto contra si próprio? Nunca tinha visto um árbitro obstruir um jogador (Ugarte) num lance de golo, mais uma originalidade da "apitagem" nacional. (A arbitragem portuguesa é um constante desafio às regras do International Board.) 

 

Tenor "Tudo ao molho...": Pote

BenficaSportingGolo1.jpg

4 comentários

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    Pedro Azevedo 16.01.2023

    Caro José, o que me parece é que as verdadeiras questões que impedem a progressão do clube continuam por discutir. Discute-se a bola na trave, os árbitros, mas temas como o modelo de negócio onde isto assenta, a cultura corporativa e a formação são tratados pela rama. E depois oiço coisas como a formação ser o ADN do clube quando, julgava eu, o ADN do clube ser ganhar. Pelo menos a avaliar pelas palavras de José Alvalade, nosso emérito fundador. ( A formação é um meio para chegar às vitórias de uma forma sustentada e sustentável, não um fim em si mesma, e deve ser discutida porque, independentemente de investimentos em equipamentos e infra-estruturas, são os recursos humanos, leia-se aqui os formadores, e seu desempenho que fazem ou não fazem a diferença.)
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    José 16.01.2023

    Caro Pedro
    já que fala no ADN, peço desculpa mas não resisto...
    para mim é caricato e ridículo o nosso orgulho/bandeira dos "Bolas de Ouro" ...
    mau sportinguista por certo, que não se orgulha da nossa Formação, (oh, oh! a melhor do mundo - a par da do barça e do ajax ?) farto de sermos formadores de campeões de outros clubes (uma excepção num ano, confirma a regra).
    Orgulho esse que é apenas um mecanismo de compensação, um sinal e o resultado da nossa apagada tristeza futebolística desde que começaram os " xitos dos 4 pintos" (deixando o "vil" para a malta dos xitos e das malas ciao)
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    Pedro Azevedo 16.01.2023

    Pelo menos o Matheus e o Nuno Mendes saíram daqui campeões nacionais, algo que Figo, Ronaldo ou Futre não alcançaram. Aliar o rendimento desportivo ao financeiro deveria ser o mínimo múltiplo comum da Formação. Mas, na maior parte das vezes, é o máximo divisor comum.
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