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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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17
Fev25

Tudo ao molho e fé em Gyokeres

Reordenamento do Território e Hospitais de Campanha


Pedro Azevedo

Estamos a assistir nas últimas semanas no futebol português a um reordenamento do território. O período de Natal terminou no Dia de Reis, mas, no Sporting, continuámos a viver sob o signo do Pinheiro. Primeiro, no Dragão, um Pinheiro real, cujas raízes entortaram o campo em nosso desfavor. Depois, na recepção ao Dortmund, passámos do Pinheiro literal para o metafórico, o célebre Pinheiro do Paulo Sérgio. Só que em vez de um Purovic, com quem seria negociável lidar (desde logo por se tratar de um Pinheiro Manso), tocou-nos em sorte um Pinheiro da Guiné, um Pinheiro Bravo, da "griffe" Guirassy (os bons pinheiros têm "griffe" e valor de mercado a condizer). Nestas coisas de reordenanento do território, nada como escutar Gonçalo Ribeiro Telles. Ensina-nos o famoso arquitecto que os povoamentos de uma só espécie constituem um barril de pólvora. Vai daí, ontem, em Alvalade, a flora diversificou-se com Nogueira. É um caminho cujo precursor foi D. Dinis, marido da rainha Santa Isabel, o que faz algum sentido porque, com este Conselho de Arbitragem, para o Sporting ser campeão vai ser necessário um milagre de rosas. Como não há uma limpeza, o risco de se incendiar o ambiente é bem real, o que é potenciado pela ausência de montados de sobro ou de azinho, um tipo de pastagem que raramente arde e regenera com muita facilidade. Mas não só de ecologia vive o Homem e seria até redutor olvidar os erros cometidos naquilo que de nós depende, pelo que sobre isso elaborarei de seguida. 

A equipa do Sporting é um hospital itinerante de campanha com a maior ala de acamados de que há memória em tempos de paz. Em casa de ferreiros, espeto de pau, diz o povo na sua imensa sabedoria, logo uma pandemia de lesões musculares assim (altamente contagiante) não se gere com um presidente-médico. Talvez sim com um presidente-militar, outra valência tipo canivete suiço de Varandas (dispensa-se o corta-unhas... ao leão), uma espécie de um Gouveia e Melo para disciplinar a coisa e dar-lhe uma nova ordem (Deus seria a primeira opção, mas tem uma agenda tão carregada que suspeito não possa estar disponível para milagres como os que fez com Lázaro ou os paralíticos). Depois, há que lidar também com os momentos Monty Python que são uma idiossincrasia que caracteriza a nossa existência: ninguém espera a Inquisição Espanhola, da mesma forma que ninguém suspeita do que passou pela cabeça de St Juste na hora de enviar uma granada pronta a explodir no corpo de Rui Silva - um golo digno dos desenhos animados - ou os momentâneos lapsos de razão que levaram Hjulmand a pôr-se a jeito para um penalty e de seguida fazer-se expulsar. Pelo que, se é para continuar assim, mais vale vender os direitos dos nossos jogos ao Cartoon Network. Depois, há a questão do encaixe das peças. Não sei se é Tetris ou se são tretas, mas esta coisa de o Rui Borges pôr um segundo avançado a jogar a lateral direito é o mesmo que não termos nem segundo avançado nem lateral direito, pelo que começamos logo a jogar em inferioridade numérica. Também seria bom perceber onde anda o verdadeiro Inácio, porque o que vemos em campo é um seu holograma. Do Quaresma é que nem holograma, tanto derivaram o rapaz para a direita que acabou por sair pela linha lateral até acabar no banco de suplentes. "Nesse sentido", como repete até à exaustão o Rui Borges, deixou de contar, um Mistério da Estrada da Alcochete, sem o Eça ou o Ramalho (mais virados para Sintra) para darem consistência à narrativa. Assim, o Sporting vai vivendo da garra de Harder e de Maxi e do virtuosismo de Quenda. Enquanto espera pelo retorno do melhor Gyokeres como quem aguarda por D. Sebastião, na esperança de que não se confirmem as piores notícias que dão também o sueco como perecido em Alcochete-Quibir, local onde alegadamente o Sporting está a perder a cruzada pela Unidade de Performance. 

Tenor "Tudo ao molho": Harder

hjulmand.jpg

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