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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

31
Mai19

Uma época positiva!


Pedro Azevedo

Oiço e vejo por aí, em diversos fora de discussão, avaliações dissonantes em relação aos resultados desportivos da última época do futebol do Sporting. Mais do que fazer uma apreciação sobre as opiniões de outras pessoas, que têm todo o direito de as fazer independentemente das suas motivações, houve um aspecto que me chamou à atenção e que se relaciona com um determinado sentimento que depois não é bem expresso (ou fundamentado) nos motivos apontados como justificação para a tal avaliação. Nesse sentido, penso poder contribuir para essa discussão, estruturando ideias à volta daquilo que entendo serem os pilares estratégicos de um clube como o Sporting. Como em tempos aqui deixei, os pilares do Sporting deveriam ser a Sustentabilidade, a Cultura (corporativa/identidade) e os Princípios (ética). Ora, deixando de fora a questão dos Princípios, relacionado com aspectos qualitativos e não quantitativos, restam-nos a Sustentabilidade e a Cultura, sobre os quais tentarei aqui medir o impacto dos resultados desportivos. 

 

Cultura: do ponto-de-vista da identidade de um clube, vencer duas das três provas nacionais em que participou tem de ser considerado como bom. É certo que o campeonato, a competição mais importante, não foi ganho, mas dois títulos é mais do que os dois rivais somaram juntos (não estou a contar com a Supertaça que não disputámos), pelo que a época foi importante na afirmação de uma cultura vencedora. Avaliação: Bom

 

Sustentabilidade: do ponto-de-vista da sustentabilidade, os troféus ganhos nas taças têm impacto desprezível nas nossas finanças. Já um terceiro lugar no campeonato não pode ser considerado bom, porque não garante (nem remotamente) a Champions e isso permite antecipar um aumento do fosso face aos nossos concorrentes, dos quais um tem cerca de 50 milhões de euros garantidos na prova milionária e o outro pode atingi-los se ultrapassar duas pré-eliminatórias. Caso tivessemos ganho o campeonato, automaticamente garantiríamos 25 milhões (o nosso ranking é pior do que o dos outros dois grandes portugueses), mais o market pool e as receitas de bilheteira da Champions (conjugadamente, cerca de 4,5 milhões em 17/18), o que retiraria alguma pressão sobre a venda do nosso melhor jogador (Bruno Fernandes). Nesse sentido, a avaliação é negativa. Avaliação: Medíocre.

 

Avaliação Global: considero que a Cultura de um clube, a sua identidade e os seus valores e, no caso concreto, o espírito de conquista, é tão importante como a sustentabilidade, pelo que obtendo a média das avaliações de cada parcela chego à conclusão que a avaliação é positiva. Avaliação média: Suficiente (regular). (Esta é uma avaliação independente, porque independente é quem a profere, só estando alinhado com o Sporting, a razão da existência deste espaço.)

 

Reparem que estou só a avaliar os resultados, um aspecto puramente quantitativo. No entanto, se introduzisse aqui os constrangimentos inerentes à preparação da última época, adaptando assim aspectos qualitativos, tenderia a considerar a avaliação global dos resultados desportivos como boa. Esse talvez seja o aspecto qualitativo mais relevante a reter esta época, embora haja outros. Por exemplo, do ponto-de-vista de menores gastos com o plantel por via de uma aposta mais convicta na Formação, a época foi parcialmente falhada, tendo-se contratado jogadores mais em quantidade do que em qualidade, ou, pelo menos, não em qualidade que faça efectivamente a diferença. A esse nível, os melhores elementos continuaram a ser Bruno Fernandes, Acuña e Mathieu, e a segundo linha continuou a ser composta por Coates e Bas Dost (Battaglia lesionou-se), sendo de destacar a subida para este patamar de Wendel (aposta de Keizer, já cá estava), Raphinha e Renan (ambos contratações desta época). Um factor importante foi o crescimento de dois novos jogadores, recém-contratados, que subiram automaticamente para um terceiro patamar (positivo), deixando boas indicações de que poderão progredir ainda mais. São eles Luíz Phellype e Doumbia, conjuntamente com a promessa Matheus Nunes (sub-23) as melhores incursões no Mercado de Inverno. A aguardar confirmação em 2019/20. Jovens promessas como Jovane (muito influente com Peseiro) ou Miguel Luís (aposta não continuada de Keizer) ficaram aquém do que chegaram a prometer.

 

3 comentários

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    Pedro Azevedo 31.05.2019

    Bom dia, caro Luis Martins,

    obrigado pelas suas palavras. É com imenso gosto que volto a lê-lo por aqui.

    Sabe que eu não sou fã do Borja. Essencialmente, porque me parece que parte para os lances naquele jeito de quem a meio do caminho logo vê como se desenrascar. Por isso, geralmente, fica a meio caminho de coisa nenhuma. Há quem fique a achar que eu embirro com o homem ou com quem o contratou, mas não é nada disso. Não acho correcto essa coisa ad-hominem e valorizei outras contratações.

    Quanto a Geraldes, penso que Keizer lhe vai dar guia de marcha. Tenho imensa pena, mas foi a ideia com que fiquei da entrevista do holandês ao Record.

    Um forte abraço aí para os Açores e apareça mais vezes (se puder, claro).
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 31.05.2019

    O professor foi amigo e convocou o rapaz, é aproveitar o favor e vender, o Geraldes já
    tem destino traçado
    MB
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