Vender qualidade, comprar banalidade
Pedro Azevedo
1) Mínimo de 35 milhões de euros investidos em 11 jogadores, desde Janeiro de 2019, dos quais só um é titular.
2) Alguém explique por que é que, estando a cotação Transfermarket do Vietto em 6 milhões de euros aquando da sua transferência, comprámos metade do seu passe por 7,5 milhões de euros. Igualmente, qual a razão pela qual, estando a cotação de Dost nos 17 milhões de euros (Transfermarket), este foi vendido por 8/9 milhões de euros (as fontes variam). É que a ideia que fica é que compramos acima do valor de mercado e vendemos abaixo do mesmo valor (e por uma diferença percentual muito significativa). É isto um atestado de competência negocial?
3) Adoptando a ‘contabilidade criativa’ que passámos a considerar para as transferências, gostaria de perguntar, entre preço de compra e salários até ao final do contrato, qual o custo efectivo de Vietto. Assim, se o vendermos no entretanto, já ficarei a saber quanto "rendeu"...
4) Tal como uma acção ou uma obrigação, o activo-jogador (direito economico) tem um rendimento durante o período em que está na nossa posse. Só que não é um dividendo (caso das acções), ou um cupão (obrigações), mas sim o seu desempenho desportivo. Isto não deve ser ignorado, mas sim ponderado face ao custo de mantê-lo ou ao custo de oportunidade (contratação de outro jogador).
5) O Eintracht vendeu Loca Jovic (Real Madrid) por 60 milhões de euros e Sébastien Haller (West Ham) por 40 milhões de euros. Compra agora Bas Dost, segundo melhor marcador europeu (Bota de Prata, só atrás de Messi) em 16/17, por um valor alegadamente inferior a 10 milhões de euros.